Com um clique
Exporte um script tradicional perfeitamente formatado.
Muitas coisas estão envolvidas na produção de um filme ou um série de televisão, e a maior parte não é glamorosa. Do desenvolvimento da história ao elenco, da pós-produção ao marketing, uma pessoa de fora pode argumentar que a maior parte do processo parece muito desconectada da história a partir da qual tudo começou.
Exporte um script tradicional perfeitamente formatado.
Mas não é bem assim, segundo a roteirista, produtora e podcaster Meg LeFauve. E ela saberia: a profissional trabalhou em todos ou quase todos os cargos que você encontrará do início ao fim da produção de um filme. Ela sustenta que a história está no centro de tudo.
Meg escreveu “Divertida Mente”, da Pixar, e “Capitã Marvel”, da Marvel, mas ela não começou como roteirista.
“Comecei na área de publicidade em Nova York e decidi que queria contar histórias”, ela disse no começo de uma entrevista recente à SoCreate. “Mas eu não sabia o que queria fazer.”
Afinal, contar histórias é uma área enorme, e existem centenas de trabalhos de escrita criativa para escolher.
“Então, minha pós-graduação foi trabalhar na International Creative Management, ICM, que é uma grande agência. Ela é o olho do furacão em Hollywood. Tudo passa por lá, então aprendi muitas coisas.”
Meg gentilmente compartilha essa experiência e muito mais em seu podcast de sucesso, “The Screenwriting Life”, que ela coapresenta com outra contadora de histórias famosa, Lorien McKenna. E, quando eu digo “muito mais”, estou falando sério. Meg passou a trabalhar para alguns dos maiores nomes de Hollywood antes de se tornar roteirista.
“A partir daí, tornei-me executiva criativa na empresa de Jodie Foster, Egg Pictures”, continuou ela. Meg ficou na Egg Pictures por uma década, “e o tempo em Hollywood é como o tempo de vida de um cachorro: você ganha um relógio de ouro por ficar dez anos no mesmo lugar.”
Durante esse tempo, Meg cresceu nessa empresa e chegou até o topo, administrando-a com Jodie.
“Foi uma época espetacular, principalmente por causa da própria Jodie. Ela é uma mentora incrível, e eu aprendi a contar histórias com ela.”
Na Egg Pictures, Meg aprendeu a abordar a narrativa de uma perspectiva diferente. Ela diz que agora se concentra no ponto de vista do diretor ou do ator, focando mais no tema e naquilo que a história realmente trata.
“Então, ela é tipo minha guru das histórias que realmente me ensinou o que eu precisava saber para ser escritora”, disse Meg.
Trabalhar como produtora a ajudou a aprender um amplo conjunto de habilidades que a serviu bem em sua carreira posterior.
“Como produtor, o conjunto de habilidades que você precisa ter é, antes de tudo, a capacidade de trabalhar com profissionais criativos, seja o diretor, o escritor, e ajudá-los a encontrar sua história. Mas, ao mesmo tempo, do seu outro lado está o estúdio e o cliente, e quais são suas necessidades para vender o produto, distribuí-lo. Você deve ser capaz de embalá-lo e encontrar os atores e diretores para adicionar. Então, o conjunto de habilidades é extremamente extenso.”
Ao longo disso tudo, porém, Meg disse que contar histórias é o conjunto de habilidades que melhor lhe serviu. Da pré à pós-produção, é preciso lembrar que todos estão lá para servir à história.
“Então você encontrou a história, desenvolveu a história com o escritor, colocou um diretor, em seguida você a embalou. Você encontrou um cliente. Agora estamos no set. Você tem que ser capaz de trabalhar com o produtor de linha, lidar com orçamentos, lidar com todos os profissionais que também são contadores de histórias – diretores de fotografia, designers de produção. Você está lá segurando a bronca em todas essas coisas. E, então, quando isso tudo for feito, você deverá lidar com a distribuição, o marketing, o cartaz.”
O trabalho de Meg de conduzir uma história do começo ao fim fez dela a contadora de histórias que ela é hoje, escrevendo para grandes estúdios como Marvel e Pixar.
“Então, eu me vi nesse processo como um tipo de guardiã da história, desses personagens, desse diretor, e trabalhando com o diretor. É o filme deles. Do que eles precisam para divulgar sua história ao mundo?”
Para mim, a jornada de Meg mostra que não há um caminho fácil para realmente entender o que faz uma história funcionar. Leva anos, muitos empregos e muita experiência prática em cargos com os quais você pode sentir que não tem conexão até se sentar fisicamente para escrever um roteiro.
Ah, mas eles têm conexão, escritor. Têm, sim,