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Em nosso último post, apresentamos os 3 tipos principais de ligações telefônicas que você poderá encontrar em um roteiro:
Apenas um personagem é visto e ouvido.
Ambos os personagens são ouvidos, mas apenas um deles é visto.
Ambos os personagens são vistos e ouvidos.
Em uma conversa telefônica na qual ambos os personagens podem ser ouvidos, mas apenas um deles está visível para o público, inclua a extensão do personagem para o voice-over ("V.O.") do personagem que não está visível.
O escritor pode optar em não mostrar o segundo personagem por diversas razões. Dois motivos comuns são: 1) o escritor está mais interessado em mostrar as ações e reações do personagem on-screen; ou 2) o escritor deseja manter em segredo a identidade ou as ações do personagem na outra ponta do telefone.
JOHNATHON nervously pulls his cell phone out of his pocket and dials SHELLY. The phone rings.
Hello?
Hey, Shelly! It's Johnathon. How's it going?
Hey, Johnathon. I'm so glad you called. Everything is good here. I just got home from work.
How about that for timing? Hey, so I was wondering if you might like to grab a cup of coffee sometime?
I would absolutely love to!
You would? Great! How about Friday at 10?
Para este cenário, utilize a extensão do personagem voice-over ("V.O.") para o personagem que não está visível, assim como demonstrado acima no diálogo de Shelly. A aplicação da extensão do personagem para voice-over é geralmente confundida com a extensão para off-screen ("O.S."). A diferença entre ambas está na localização do personagem que não está visível. Você quase sempre utilizará o "voice-over" para este tipo de conversa telefônica.
o personagem que está falando não está no mesmo local do personagem que está visível ao público. O exemplo acima demonstra essa aplicação. Como Shelly não está no apartamento de Johnathon, nós fazemos uso do "V.O.".
o personagem que está falando está no mesmo local do personagem que está visível. Esta extensão seria utilizada se Shelly e Johnathon não estivessem ao telefone, mas, em vez disso, conversando entre si a partir de diferentes partes do apartamento de Johnathon (ex.: Shelly fala com Johnathon a partir da cozinha, enquanto o público assiste à reação e resposta de Johnathon a partir do quarto dele).
Os escritores podem optar pelo cenário de ligação telefônica com voice-over em seu roteiro por diversos motivos, incluindo:
O escritor está mais interessado em mostrar as ações e reações do personagem on-screen.
O exemplo no infográfico acima demonstra o uso desta ferramenta de voice-over. O escritor deseja que o público se concentre em Johnathon e em sua reação após Shelly aceitar sua proposta romântica.
O escritor deseja manter em segredo a identidade, localização e/ou as ações do personagem que não está visível ao público na outra ponta do telefone.
Um exemplo famoso do uso desta ferramenta de voice-over é a conversa telefônica entre Bryan Mills e Marko no filme de 2008 de suspense e ação Busca Implacável, logo depois que Bryan descobre que sua filha foi sequestrada.
(into phone)
I don't know who you are. I don't know what you want. If you are looking for ransom, I can tell you I don't have any money. But what I do have is a particular set of skills; skills I have acquired over a very long career. Skills that make a nightmare for people like you. If you let my daughter go now, that'll be the end of it. I will not look for you, I will not pursue you. But if you don't, I will look for you, I will find you, and I will kill you.
Good luck.
(Diálogo produzido pelos roteiristas de Busca Implacável, Luc Besson e Robert Mark Kamen.)
Neste exemplo, os escritores mantiveram em segredo a localização e a reação de Marko, o sequestrador, à declaração de Bryan, no objetivo de aumentar o suspense da história.
Certifique-se de conferir nosso último post sobre o tópico deste "Guia básico" no fim da semana.
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Obrigado pela leitura, escritores! Até a próxima.