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Em algum momento entre a venda de 6.000 revistas em quadrinhos por mês durante a época de estudante do ensino médio e a produção do megassucesso The Walking Dead, David Alpert aprendeu um pouco sobre "transformar o esquisito em ótimo". E ele compartilhou essas lições em um evento de título homônimo durante uma visita recente a San Luis Obispo. O evento foi o primeiro de uma série de bate-papos criativos no Studios on the Park, em Paso Robles.
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Embora seja mais conhecido pela franquia The Walking Dead, Alpert também obteve sucesso produzindo Dirk Gently's Holistic Detective Agency, da BCC, e American Ultra, estrelado por Jessie Eisenberg e Kristen Stewart. Ele ainda é ex-aluno de Harvard e da NYU Law School. Atualmente, ele está expandindo toda a sua experiência em algo ainda maior: uma empresa de conteúdo internacional chamada Skybound, que mantém os criadores no centro dos projetos por meio da produção e leva suas ideias para a TV e em filmes, videogames e produtos.
Eu me relacionei com esse conceito, não apenas porque a ideia dos criadores manterem o controle está no cerne daquilo que a SoCreate faz, mas também porque essa não é a prática comum.
"A forma como Hollywood tem isso esquematizado é a seguinte: 'Ei, criador, nós obteremos seus direitos, pagaremos uma quantia, e, se isto for bem-sucedido, você precisará nos processar, caso queira obter algum centavo a mais. Ah, e você perderá, pois somos uma corporação gigante", afirmou David. "Eu queria que a Skybound fosse herética. Se eu pudesse empoderar o criador, tratá-lo de modo justo e garantir-lhe acesso a informações, ele seria bem-sucedido. E eu seria bem-sucedido. Nós dois ganhamos dinheiro, e ele iria contar isso para todos os seus amigos."
"Se você tratar as pessoas da forma adequada, isso não é apenas a coisa certa e moral a ser feita", complementou. "Isso é bom para os negócios."
E o conceito dele está valendo a pena. Atualmente, a Skybound produz quadrinhos, livros, jogos, programas de TV, filmes, produtos, etc., para manter os fãs engajados com suas histórias. "Nós acabamos de concluir nosso quinto cruzeiro. Também produzimos vinho, e vamos engarrafar bourbon no ano que vem", afirmou. "Estamos encontrando maneiras de contar histórias em meios que não foram utilizados anteriormente. Nós sempre nos perguntamos: como podemos interagir com nossos fãs de maneiras que os outros não fazem?"
Eu perguntei ao David sobre qual meio ele está mais animado para explorar em seguida. "Podcasts ainda precisam encontrar seu formato nativo", disse ele. "Mas estou interessado em áudio, e talvez em áudio interativo, do estilo 'escolha sua própria aventura'".
O áudio seria outro elemento da “Wheel of Awesome,” de David, que essencialmente consiste em um modelo de negócios com o criador no centro da roda e os diversos departamentos da Skybound como extensões da ideia original do criador.
Portanto, como o David convence profissionais criativos de que eles devem ser seus parceiros para levar suas ideias ao próximo nível?
"Paixão e convicção", afirmou.
Enquanto outros executivos podem estar rindo da cara dos profissionais criativos e os dispensando, David vê grandes oportunidades.
"Qualquer área em que você veja pessoas realmente apaixonadas por algo, mas sendo ridicularizadas pelo mainstream, é inevitável que aquela ideia esquisita se torne mainstream. É apenas questão de tempo."
David lembrou de uma vez em que obteve o manuscrito de Crepúsculo em mãos. Ele adquiriu os direitos de tentar vendê-lo para alguns estúdios.
"Tentei vendê-lo para a Fox, e eles riram de mim. Eu sabia que ele seria um enorme sucesso, mas não conseguia produzi-lo."
Outra pessoa acabou vendendo o manuscrito à Paramount, e o resto é história. Até hoje, o filme arrecadou aproximadamente US$ 400 milhões no mundo inteiro.
O bate-papo da noite foi concluído com uma sessão de perguntas e respostas com os participantes, na qual David prazerosamente compartilhou suas opiniões sobre diversos assuntos quentes da indústria de entretenimento, incluindo Netflix, Amazon, o futuro das mídias digitais e o maior desafio de sua vida.
"Existem aspectos realmente positivos e realmente negativos sobre esses serviços de streaming. Assistir a maratonas é incrível. Fazer lançamentos em série é ruim! É ruim para o profissional criativo. Ótimos episódios não têm a ver apenas com o próprio episódio. Eles incluem envolvimento, expectativa para o próximo episódio e discussões com amigos e colegas de trabalho durante os intervalos. Se as respostas chegarem todas no mesmo dia, não há conversas ou capacidade de controlar uma discussão cultural. E isso é o interessante sobre o ato de contar histórias: a capacidade de controlar alguma forma de conversa e a expectativa... Não há motivos pelos quais a Netflix não possa fazer lançamentos esporádicos."
"As mídias digitais são o futuro. Ninguém sabe o que acontecerá com elas ou como serão, mas todos nós iremos consumi-las."
"Encontrar a coragem para perseguir minhas paixões quando não havia um salário caindo na minha conta regularmente."
"Spare Parts. Muito poucas pessoas assistiram a ele. Você provavelmente nunca ouviu falar. Mas se trata de um filme sobre o campeonato nacional norte-americano de robótica subaquática de 2007. Estudantes do MIT costumam vencê-lo. Porém, naquele ano, 4 sonhadores hispânicos levaram o prêmio. Contar a história deles foi uma bênção e uma honra. Nós conseguimos reproduzi-lo na Casa Branca." As estrelas do filme são George Lopez, Marisa Tomei e Jamie Lee Curtis, e ele foi escrito por Joshua Davis e Elissa Matsueda.
No final do dia, David fornece um bom argumento a favor de manter os profissionais criativos no controle de sua propriedade intelectual. Se isso é bem-sucedido por si só, "por que eu o mudaria?", afirmou. "Paixão vende."
Por isso, crie!